Ricardo Nezinho lembra passagem do Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa
Nesta quarta-feira, 15, Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa, o deputado Ricardo Nezinho (MDB) usou a tribuna da Casa para chamar atenção do poder público e de toda sociedade sobre o tema. O deputado disse que em Alagoas, nos três primeiros meses de 2022, foram registrados 424 casos de violação de direitos dos idosos. “É assustador o número de registros dos casos de violência e maus tratos contra a pessoa idosa aqui no Estado”, alertou.
O deputado disse que entre 2020 e 2021 os números passaram de três mil agressões. Os dados são do Disque 100 e do Ministério da Mulher, Cidadania e dos Direitos Humanos. “Ainda segundo o Ministério, desde o início da pandemia esses números quadruplicaram. O isolamento social evitou que essas pessoas fossem acometidas pela Covid-19, mas ao mesmo tempo potencializou a violência contra os idosos e a maior parte das agressões acontece no ambiente familiar”, afirmou o parlamentar.
Ricardo Nezinho aproveitou seu pronunciamento para citar vários exemplos de descaso divulgados nos portais de notícias de Alagoas. “Em fevereiro, o Ministério Público de Alagoas acionou a Justiça para requerer medidas de proteção para um idoso de 76 anos, morador do povoado Poços Dantas, em Porto Calvo, que estaria sendo vítima de maus-tratos e de exploração financeira por um suposto cuidador. Agora em março outro idoso foi encontrado morto no município de Paripueira. E cada dia a coisa vai tomando proporções maiores”, destacou.
O deputado falou que é necessário entender que violência não é apenas física, que existem várias outras formas de violência com a pessoa idosa. “Violência psicológica, violência patrimonial, violência sexual, negligência, abandono, discriminação, abuso financeiro. Tudo isso se enquadra como violência à pessoa idosa. Trago como alerta para que o Poder Público tome providências no que diz respeito às políticas públicas voltadas para pessoa idosa, promovendo ações efetivas para mudar essa realidade”, concluiu.
Por fim, Ricardo Nezinho informou que apresentou um projeto de lei que altera a lei nº 8.560/2021, vedando a nomeação para os cargos em comissão de livre nomeação e exoneração de pessoas que tiverem sido condenadas pela Lei Maria da Penha, para ampliar seus efeitos aos condenados pelos crimes de violência sexual e de pedofilia, como também aos condenados pelos crimes contra a pessoa idosa.