Rodrigo Cunha alerta para crescimento do índice de homicídios

O crescimento de 45% no número de homicídios registrado no último mês de agosto, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL), foi repercutido pelo deputado Rodrigo Cunha (PSDB), durante a sessão ordinária desta quarta-feira, 13, na Assembleia Legislativa. “Em termos comparativos, esse último agosto registrou o maior número de homicídios desde 2014. Foi um crescimento de 45% comparado ao mês de julho. Analisando a média de assassinatos em Alagoas, 2017 dispara com registro de mais de cinco homicídios por dia”, informou Cunha, que também cobrou do Governo uma maior atenção em relação à Polícia Civil.

Rodrigo Cunha lembrou que no orçamento deste ano o Governo apontou um investimento de R$ 1,36 bilhão em Segurança. “Não se escolheu investir tanto em Educação e isso tem reflexo: houve, no início, um abafa no número da violência, mas não tem como segurar durante muito tempo”, observou Cunha, lembrando que em audiência pública realizada no Parlamento para se discutir a questão da violência, delegados e policiais disseram que aquela diminuição drástica se deu também devido às fortes chuvas.

Delegacia
Rodrigo Cunha relatou que em recente visita à delegacia de União dos Palmares observou uma situação que, segundo o parlamentar, ocorre nas demais delegacias do Estado. “Você vai à delegacia e o policial civil acaba sendo uma babá do preso. É ele quem vai levar comida, vai levar ao banheiro, é o responsável pelos automóveis que são apreendidos e acabam não realizando a sua função principal que é investigar crimes”, destacou Cunha, informando que a pior situação que encontrou foi na cidade de Mata Grande, onde, numa sexta-feira, encontrou a delegacia fechada. “Na porta da delegacia tinha um aviso com o número de telefones dizendo que, em caso de necessidade, ligar para os policiais. Eu liguei e fui informado que a equipe estava em Delmiro Gouveia e a delegacia só seria reaberta na terça”, contou. “Está clara a falta de valorização da nossa Polícia Civil”, completou Rodrigo Cunha.