Rodrigo Cunha volta a alertar para casos de violência contra a mulher
O deputado Rodrigo Cunha (PSDB) usou a tribuna da Casa durante a plenária desta quarta-feira, 7, para render homenagens às mulheres alagoanas pela passagem do Dia Internacional da Mulher, a ser comemorado neste 8 de março. Usando dados nacionais, o parlamentar voltou a alertar para os casos de violência contra o gênero feminino no País, bem como o funcionamento, aos finais de semana, das delegacias especializadas na Defesa dos Direitos da Mulher. Cunha lembrou que o Parlamento recentemente discutiu o tema em audiência pública, onde ficou demonstrado a ausência de amparo e assistência às mulheres vitimas de violência no Estado.
“Percebemos ainda que não existem números reais de atendimentos a essas mulheres. Não se consegue fazer um diagnóstico se é mulher de baixa renda, classe média ou alta, não se consegue saber a idade delas. Apenas que o fato existe”, observou Cunha. Ele prosseguiu o pronunciamento informando que a cada 11 minutos uma mulher é estuprada no Brasil. “Essas estimativas variam, mas em geral calcula-se que isso corresponde a apenas 10% do total de casos que realmente acontecem”, alerta o deputado, acrescentando que cerca de 70% desses casos são praticados contra crianças e adolescentes.
“Os últimos dados revelam ainda que 13 mulheres morrem todos os dias vítimas de feminicídio. Poderia ir mais longe, mas vou me remeter ao que infelizmente aconteceu em Viçosa, na semana passada, com a Cenira, que foi vítima de seu próprio marido”, contou Rodrigo Cunha, se referindo ao caso do qual foi vítima a professora Cenira Angélica Ventura, que foi assassinada a facadas, onde o principal suspeito do crime é o ex-companheiro. “Uma das nossas principais cobranças aqui, enquanto parlamentar, é o funcionamento das delegacias que atende a mulher durante os finais de semana. Inaceitável, porque todos sabemos que esse é o período onde ocorre o maior número de crimes contra a mulher”, observou Cunha.
Em aparte, a deputada Jó Pereira (MDB) destacou que para combater a violência contra o gênero feminino não se deve olhar apenas para a consequência, mas para a causa dela. “Precisamos educar o agressor. Educar o homem para que ele respeite a mulher enquanto ser humano. Isso é o que, na prática, não conseguimos enxergar. Vamos comemorar o Dia Internacional da Mulher amanhã, em um ambiente internacional onde as pessoas clamam por justiça social e igualdade”, ressaltou a parlamentar, complementando que a maior desigualdade que impera no mundo é a de gênero.