Seminário sobre o Plano Estadual de Educação debate igualdade de gênero e diversidade sexual

por Comunicação/ALE publicado 01/12/2015 17h15, última modificação 01/12/2015 17h49

Neste segundo dia do seminário promovido pela Comissão de Educação, Saúde, Cultura e Turismo da Assembleia Legislativa que discute o Plano Estadual de Educação (PEE), os deputados debateram, nesta terça-feira, 1º, a igualdade de gênero e diversidade sexual na Educação. Foram convidados para realizarem uma palestra sobre o assunto, as professoras da Universidade Federal de Alagoas, Elvira Simões Barreto e Marli Araújo, além do padre e doutor em teologia moral, José Eduardo Silva.

A comissão formada pelos deputados Francisco Tenório (PMN) – presidente, Jó Pereira (DEM) - relatora do Plano Estadual de Educação (PEE) - e Inácio Loiola (PSB), decidiram que após as palestras, a palavra seria facultada às pessoas que estavam presentes ao auditório do Senai, local do seminário. Também participaram dos debates os deputados Bruno Toledo e Gilvan Barros Filho, ambos do PSDB e a promotora Cecília Carnaúba, representando o Ministério Público Estadual.

A professora Marli Araújo, que falou sobre a igualdade de gênero e diversidade sexual, explicou que, como componente da realidade social, a diversidade está presente nas diferentes culturas, raças, etnias e gerações. “É elemento constitutivo do gênero humano e afirmação de suas peculiaridades naturais e socioculturais”, disse. Segundo ela, não há sobreposição entre sexo e gênero, na medida em que gênero é um resposta e as relações binárias da sociedade moderna, considerando que o termo gênero, se desenvolve no contexto da modernidade. “É preciso considerar sexo e gênero como uma unidade, uma vez que não existe sexualidade biológica independente dos contextos sociais em que se exercida”, afirmou.

Para a professora Elvira Simões a ideia é trabalhar a educação como um processo de formação do cidadão que precisa responder a uma série de desafios. A educadora disse ainda que algumas atitudes relativas ao posicionamento social devem ser desenvolvidas. “Reconhecer o respeito às identidades diferentes e as especificidades de cada pessoa como um direito social inalienáveis; respeitar e valorizar a diversidade; promover a equidade; e rejeitar e suprimir qualquer forma de discriminação”, explicou.

O deputado Francisco Tenório disse que o tema é polêmico e por isso foi preciso a comissão convocar vários atores, com diversas opiniões, para o debate. “São sociólogos, padres, pastores, professores, estudantes e pais que vieram contribuir com a Comissão e o Plano Estadual de Educação. Temos agora, o dever de analisar todas as opiniões e todas as maneiras de ver este tema para, depois, a comissão chegar à uma conclusão final”, disse o presidente da Comissão.