Sessão especial realiza debate sobre o tema da Campanha da Fraternidade 2019
A Assembleia Legislativa realizou nesta segunda-feira, 29, sessão especial sobre a Campanha da Fraternidade 2019 apresentada pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que tem como tema "Fraternidade e Políticas Públicas" e o lema "Serás libertado pelo direito e pela Justiça" (Is 1,27). De iniciativa do deputado Dudu Ronalsa (PSDB), a sessão reuniu representantes de vários segmentos da Igreja Católica no intuito de discutir formas de engajar a sociedade na busca de ações concretas que possam contribuir com políticas de desenvolvimento em vários campos sociais, além de estimular a cobrança da continuidade de políticas públicas oferecidas pelo poderes constituídos
De acordo com o deputado Dudu Ronalsa, a sessão teve como objetivo chamar a atenção das autoridades diante do quadro de crise, não apenas no Brasil, mas principalmente em Alagoas, além de salientar e mostrar o papel desempenhado pela Igreja Católica. “Que é um papel importante, que muitas vezes assume o papel dos poderes públicos. Também mostrar à sociedade política, representada pelos três poderes, que é preciso fazer sua parte e daí deliberarmos ações que possam contribuir com esse trabalho que a Igreja realiza”, justificou o propositor da sessão.
O Arcebispo de Maceió, Dom Antonio Muniz destacou a importância do Parlamento alagoano na difusão do tema da Campanha da Fraternidade deste ano, uma vez que o Legislativo é a Casa que dá voz a sociedade e onde se constroem as leis. Muniz disse que o objetivo da campanha é sempre sensibilizar a sociedade para um tema relevante para o País. “A seleção desse tema passa por uma dimensão, que chamamos intraeclesial, sempre intercalados com temas do cenário nacional. E este ano coube à Igreja, que já olhou para diversas áreas, colocar tudo isso dentro de uma ótica comum, que seria uma visão da parte da igreja religiosa sobre a política pública e como isso se reverte para o bem da população”, disse Dom Muniz.
O deputado Sílvio Camelo (PV) e as deputadas Fátima Canuto (PRTB), Ângela Garrote (PP), Jó Pereira (MDB) e Flávia Cavalcante (PRTB) contribuíram com os debates e parabenizaram o colega de plenário pela iniciativa. Todos ressaltaram a importância das discussões, observando que o objetivo da Campanha da Fraternidade, instituída em 1964, é impulsionar o espírito evangelizador e despertar em todos a vivência da fraternidade. “Estamos aqui para ouvir. Esse é o momento que a sociedade tem para trazer as suas demandas e dizer o que nós, parlamentares, podemos fazer em prol da sociedade”, assegurou a deputada Fátima Canuto.
Jó Pereira destacou a relevância do tema deste ano e falou de sua preocupação com o aumento do número de dependentes químicos. “Quais são os encaminhamentos? É necessário que a sociedade participe dessa discussão, porque depois da formulação nós temos a elaboração das políticas públicas”, disse a deputada, lembrando que “todos nós somos seres políticos”. Na mesma linha a deputada Ângela Garrote destacou poder mobilizador da Igreja Católica. “O objetivo da campanha é estimular a participação entre os cristãos nas políticas públicas adotadas em todo Brasil à luz da palavra de Deus e da doutrina social da Igreja Católica”, observou a parlamentar.
A deputada Flávia Cavalcante disse que a sessão especial deu oportunidade para que os parlamentares pudessem ouvir as demandas da Igreja Católica e da sociedade sobre um tema tão importante. Ela destacou a necessidade de se ter um olhar diferenciado para a construção de políticas públicas e um monitoramento sobre a execução dessas ações. “Enquanto isso não acontecer, vamos continuar vendo jovens nas ruas sem oportunidade de tratamento e de serem inseridos na sociedade”, disse a deputada. Representando a Prefeitura e a Câmara de Maceió, o vereador Samyr Malta (PSDC) destacou a importância do alinhamento entre o Poder Público e a Igreja na construção de políticas públicas necessárias à sociedade.
A sessão contou com a presença da secretária de Estado de Prevenção às Drogas, Esvalda Bittencourt, e do vereador por Maceió Mauro Guedes (PV), além de representantes da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), da União dos Vereadores de Alagoas (Uveal), do Ministério Público Estadual, do Tribunal de Justiça de Alagoas e de instituições sociais ligadas a Igreja Católica.