Sílvio Camelo critica anúncio feito pela Equatorial Energia sobre implantação de PDV e aumento na tarifa de energia

por Comunicação/ALE publicado 20/03/2019 18h35, última modificação 21/03/2019 09h46

O deputado Sílvio Camelo (PV) demonstrou preocupação diante do anúncio da nova concessionária de energia do Estado, em majorar o valor da tarifa e promover um programa de desligamento voluntário (PDV) para os funcionários da distribuidora. A Equatorial Energia, vencedora do leilão da Eletrobras/AL, assumiu o controle da empresa esta semana. Durante a plenária desta quarta-feira, 20, Camelo disse que foi pego de surpresa com a informação passada pelos veículos de comunicação do Estado.

“No primeiro pronunciamento da empresa, já se fala em demissão, causando um grande problema social, porque nós temos um grande percentual de desempregados”, observou Camelo, lembrando que a maioria dos trabalhadores da antiga Eletrobras/Al já está em idade avançada ou perto da aposentadoria e que não terá como se recolocar no mercado de trabalho. “Fala ainda do aumento de tarifa. Ora, o que mais se teve no ano passado foi aumento de tarifa de energia. Foi um verdadeiro absurdo”, destacou o parlamentar, acrescentando que, no que depender dele, a Equatorial não fará reajuste de tarifa sem que venha ao Parlamento prestar esclarecimentos.

Em aparte, os deputados Davi Maia (DEM) e Inácio Loiola (PDT) se associaram às preocupações de Sílvio Camelo. O primeiro disse que já apresentou um requerimento, convocando os dirigentes da Equatorial a uma reunião no Legislativo, para explicar os planos e projetos da empresa para o Estado. "Uma coisa deve ficar bem clara: quem aumenta a tarifa de energia não é a empresa, e sim a Aneel, a agência reguladora. Quero entender: por que foi veiculado que teria aumento sem que houvesse autorização?”, questionou Maia.

O deputado Inácio Loiola disse que o setor elétrico do Brasil está falido, tanto na geração quanto na distribuição. Ele observou ainda que, no Nordeste, o último grande investimento realizado no setor foi a construção da hidrelétrica de Xingó, há 25 anos. “A Equatorial chega dando um 'bom dia' com o aumento de tarifas e com esse plano de demissão. Temos que estar vigilantes a essa nova empresa”, disse Loiola.