Votação paralela prevê auditoria em tempo real das urnas eletrônicas
A votação paralela é um evento realizado no mesmo dia das eleições, usando um sistema informatizado de captação e contabilização de votos, com o objetivo de demonstrar o funcionamento e a segurança das urnas eletrônicas. Os trabalhos em Alagoas terão início no sábado (06), véspera da eleição, com o sorteio das seções eleitorais que serão utilizadas nos trabalhos e tudo deve ocorrer sob a supervisão do Ministério Público Eleitoral, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e representantes dos partidos políticos.
No domingo, 07 de outubro, os trabalhos prosseguem com a votação paralela e auditoria das urnas. Alagoas possui 6.587 seções eleitorais e, para a realização da auditoria de funcionamento das urnas, serão sorteadas, por turno, seis seções no cadastro eleitoral. As três primeiras sorteadas serão submetidas à auditoria de funcionamento sob condições normais de uso e, as demais, à auditoria mediante verificação de autenticidade e integridade dos sistemas.
“Em tempos de notícias falsas e tanta gente questionando a segurança das urnas eletrônicas, essa resolução garantiu mais transparência e objetiva provar para todos os brasileiros que o processo eleitoral é totalmente seguro e que as urnas são equipamentos invioláveis. Lembrando que todo o processo interno de inserção das mídias nos Tribunais também é público e, nem por isso, as pessoas se interessam em acompanhar”, explicou o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL), desembargador José Carlos Malta Marques.
Em agosto deste ano, o Tribunal instituiu a Comissão de Auditoria de Funcionamento das Urnas Eletrônicas referente às Eleições gerais deste ano. Os trabalhos serão coordenados pelo juíz Sóstenes Alex Costa de Andrade, que atuará como presidente da comissão, e de servidores da Corregedoria Regional Eleitoral (CRE), da Secretaria Judiciária, da Secretaria de Gestão de Pessoas e da Coordenadoria de Controle Interno e Auditoria.
Como a votação paralela funciona na prática?
Na prática, essa auditoria consiste em realizar uma votação paralelamente à votação oficial, a fim de comprovar que o voto digitado pelo eleitor na urna eletrônica é exatamente o mesmo que foi escrito em uma cédula de papel e em um terminal de apuração independente. Tudo é feito em ambiente filmado e fiscalizado.
Após a emissão da zerésima – relatório expedido pela urna que comprova que não há nenhum voto no dispositivo – serão iniciados os trabalhos de auditoria, conforme os procedimentos e horários estabelecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a votação oficial. A ordem de votação deverá ser aleatória em relação à folha de votação.
O objetivo final é que seja comprovada a coincidência entre os resultados obtidos nos boletins de urna e os dos relatórios emitidos pelo sistema de apoio à votação paralela e entre as cédulas da auditoria de funcionamento das urnas eletrônicas e o registro digital dos votos apurados.
Fonte: Assessoria TRE/AL